quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

milagre econômico

A participação do Estado na economia
À medida que a industrialização avançava, a partir de 1930, crescia a polêmica sobre a participação do investimento estrangeiro na economia. Se por um lado era evidente a necessidade desses capitais para impulsionar o crescimento interno, por outro fortalecia-se um discurso nacionalista, que encarava as empresas estrangeiras como exploradoras e não como parceiras do Brasil. Com a subida de Getúlio Vargas ao poder em 1930, essa dualidade foi reforçada. Temas como a exploração do ferro e do petróleo por indústrias nacionais passaram a ser bandeiras de luta de grupos que viam como inaceitável a participação estrangeira na gerência das indústrias de base.



1. O Estado gerenciando a economia

A partir de 1930, no início do período Vargas, começou o debate sobre a intervenção do Estado na economia. Também ganhou força a idéia de que sem um planejamento global o Brasil não teria uma economia forte e estável. Para Vargas e seu grupo mais próximo, o Estado deveria ser o responsável por essa interferência. A teoria desenvolvimentista, proposta pelo governo, defendia a prioridade dos financiamentos e subsídios para a indústria, a garantia de infra-estrutura básica (energia, transportes) e uma política de proteção aos produtos nacionais frente à concorrência das importações.Embora tendo de dividir espaço, com essa nova tendência as lideranças agroexportadoras não perderam totalmente seu lugar como elite econômica.

O chamado "Estado de Compromisso" tratava de manter as regras do jogo atendendo também aos interesses das lideranças agroexportadoras.
HISTÓRIA DA DITADURA MILITAR NO BRASIL




ditadura militar - protesto Protesto de rua contra a Ditadura Militar no Brasil

ESQUEMA - RESUMO

Governo João Goulart (1961-64)
- Implantou Reformas de Base
- Fortalecimento dos Movimentos sociais: UNE e Ligas Camponesas
- Oposição das elites conservadoras, Igreja e classe média

Golpe Militar (31/3/64)
- apoio da classe média, igreja, EUA, elite: tinham medo do comunismo
- assume a presidência o marechal Castelo Branco

O Governo Militar (1964-85) – Implantação da Ditadura Militar
- uso da repressão / investigação (SNI), censura
- bipartidarismo: ARENA X MDB
- prisões / tortura / exílio (artistas e políticos)
- oposição armada ao regime militar: guerrilha urbana e rural

Governo Militar
- “Milagre econômico” : crescimento sem distribuição de renda e aumento da dívida externa
- influência dos EUA
- protestos e passeatas

Cultura na década de 1960
- Cinema Novo: crítica a miséria do pais e a realidade do Brasil
- Músicas de protesto e “alienadas”

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

21 anos de ditadura militar no Brasil

O Regime militar no Brasil, iniciado com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultou no afastamento do Presidente da República de jure e de facto, João Goulart, assumindo o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, qualificado por personagens afinados como uma revolução, instituiu uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares então justificaram o golpe, que eclodiu cinco anos após o alinhamento cubano à União Soviética, governado por Nikita Khrushchev, sob alegação de que havia uma ameaça comunista, afirmando ter eclodido no caso uma contrarrevolução, fortemente contestada principalmente pela historiografia marxista.[1][2] Luís Mir, porém, em seu livro "A Revolução Impossível", da Editora Best Seller, deixa claro que Cuba já financiava e treinava guerrilheiros brasileiros desde 1961, durante o governo Jânio Quadros, o mesmo diz a Denise Rollemberg em seu livro "O apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil", publicado pela Editora Muad em 2001.

O golpe de Estado marcou a influência política do Exército Brasileiro e sua determinação em tomar o poder do país ao abrigo de uma doutrina de segurança nacional formado no âmbito da política do comércio exterior americano e de outros países influentes como a França. O intervencionismo militar no Brasil remonta ao Império (1822-1889), mas, segundo estudiosos é a primeira vez no Brasil, mas também na América Latina que o militar está adquirindo poder afirmando abertamente a doutrina da segurança nacional.[3][4]

Entre as figuras históricas civis afinadas com o movimento militar, estão os governadores Magalhães Pinto (Minas Gerais), Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara, atual Estado do Rio de Janeiro).

A ditadura pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5 de 1968 a suspensão da Constituição de 1946, a dissolução do Congresso Brasileiro, a supressão de liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas "suspeitas", além de qualquer revisão judicial. [5] O regime militar durou até a eleição de um civil, Tancredo Neves, em 1985.